terça-feira, 27 de março de 2018

7 de janeiro - Dia de São Thomaz, Padroeiro de Camaçari

A devoção  a São Thomaz iniciou-se no começo de seculo XX com a chegada da família Montenegro para trabalhar na construção da linha ferra na cidade.
Os Montenegro doou um terreno para a construção da capela, e em sinal de gratidão a Igreja homenageou o casal dedicando à São Thomaz de Cantuária.
com a revolução industrial que ocorreu na Inglaterra, país de origem do santo, muito acreditam que ele tenha intercedido para que Camaçari tenha se tornado uma cidade industrial.
Os festejos em honra a São Thomaz inciam-se no dia 29 de dezembro, data de sua festa litúrgica, mas a lei assinada pelo então prefeito Humberto Ellery  de número 283/93, constitui a data de 7 de janeiro como sendo a data festiva e feriado municipal do Padroeiro de Camaçari.
São nove noites que a comunidade católica presta homenagem e louvor ao seu padroeiro com missas, quermesse, barraca de doces e muitos mais.
O grande dia da festa conta com cerca de milhares de fiéis que após participarem de uma grande procissão pelas ruas da cidade se concentram na Praça Desembargador Montenegro, onde é celebrada uma missa campal e é considerada umas das festa religiosas mais importantes da cidade.









Postado por: Valéria Ribeiro

sexta-feira, 23 de março de 2018

Bembé do Mercado em Santo Amaro (BA)



Na cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, africanos e crioulos ousaram, em meio à repressão policial e segregação, mostrar seus batuques, cantos, danças e rituais nas ruas. Em 1889, um ano após a extinção legal da escravidão no país, nascia a tradição de celebrar o Bembé do Mercado, Festa de Preto ou Candomblé da Liberdade, registrada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Cultural (IPAC) como patrimônio cultural do Estado da Bahia.
Passados mais de 120 anos, Santo Amaro firmou-se como palco da festa conhecida como "o maior Candomblé de rua do Brasil". Na semana do Treze de Maio, que marca a comemoração da assinatura da Lei Áurea, um barracão é montado no Mercado de Santo Amaro da Purificação. A festa tem como auge o próprio 13 de maio quando uma queima de fogos no amanhecer, seguida de café da manhã, reúne representantes de muitos terreiros da região, além de moradores, visitantes e turistas.
Trata-se de uma grande celebração da cultura negra que dura três dias. Além dos rituais religiosos, acontecem apresentações de capoeira, maculelê, samba de roda, nego fugido (encenação que recria a libertação dos negros), puxada de rede e lindro amor (espécie de cortejo ou peditório para santos). As manifestações unem música e teatro num resgate à cultura dos antepassados africanos que viveram na região. “É uma data significativa porque simboliza muitas lutas juntas: a política, a religiosa, a cultural. É como se a cidade pudesse enfim cultuar seus ancestrais, os orixás", ressalta a historiadora Ana Rita Machado, da Universidade do Estado da Bahia.
Nos dias de festa, o Mercado de Santo Amaro da Purificação fica agitado. Ritos de candomblé – as cerimônias acontecem no barracão enquanto diversos rituais são realizados nos terreiros mais antigos da cidade –, capoeira, maculelê e samba de roda, entre outras expressões artísticas, são apresentados por grupos. Um dos marcos da festividade, a roda com danças para todos os orixás, o Xirê, acontece à noite. Ao som de cantigas e toques específicos para a celebração, cerca de 300 pessoas participam por noite. Palestras também reúnem moradores e turistas no espaço.
Para encerrar os festejos e trazer prosperidade, a Mãe d’Água é homenageada. Uma oferenda para a rainha do mar, Iemanjá, é levada em cortejo. O presente é preparado pelo terreiro escolhido para organizar a festa, que conta também com doações de devotos. Fiéis acompanham o trajeto em carreata até a praia de Itapema. A procissão passa em pontos representativos para os adeptos da religião. Tem comunidades de cidades como Feira de Santana, Salvador e Cachoeira. Oxum, orixá das águas de rios, também é reverenciado, assim como orixás relacionados à Iemanjá, com comidas e oferendas dedicadas a eles.


Oferenda a Exú e Intotú.
Créditos: Lázaro Menezes- IPAC A

Oferenda a rainha do mar, Iemanjá.

Por mais de 30 anos, um babalorixá, conhecido como Tidu, foi responsável por organizar a festa. Atualmente, quem escolhe quem vai liderar os rituais religiosos a cada ano são os representantes das casas religiosas da cidade. Antes da primeira semana de maio, lideranças de mais de 40 terreiros da cidade se reúnem com autoridade do poder público municipal e definem o babalorixá que será responsável pelas cerimônias religiosas e pela organização do Bembé. Apesar de mudanças anuais na produção do Bembé do Mercado, os atos religiosos envolvidos não sofrem grandes alterações.
O IPAC foi o responsável pelas pesquisas para tornar a manifestação um "Patrimônio Cultural da Bahia", produzindo livro e vídeodocumentário sobre o tema. Esta publicação é o sétimo volume da coleção Cadernos do IPAC. São 160 páginas, mais de 170 imagens entre fotografias, mapas e infográficos, além do vídeodocumentário de 52 minutos.

Textos retirados:

Para mais interesse, o link do caderno produzido pelo IPAC sobre o Bembé do mercado de Santo Amaro:

Postado por: Daiana Ramos

quinta-feira, 22 de março de 2018

Cetro da Ancestralidade



  
Conhecer o Cetro da Ancestralidade – Opo Baba N’Laawa, situado na Rua da Paciência, no boêmio bairro do Rio Vermelho, é entender a importância da obra para o fortalecimento das origens baianas. O cetro é símbolo da ancestralidade afro que concentra os princípios femininos e masculinos do universo nagô. A obra é do Mestre Didi e foi instalada no local tendo ao fundo a linha do horizonte do oceano, em direção à África, alude à importância do legado dos negros no processo de construção da identidade brasileira.

Postado por: Alexandre Nascimento

Cristo da Barra




O Monumento ao Cristo Nosso Senhor, também conhecido como Cristo da Barra, está localizado entre os bairros de Ondina e Barra. A escultura foi fruto de uma encomenda do conselheiro José Botelho Benjamim. Natural de Lençóis, Benjamim foi promotor na Comarca de Lavras Diamantinas e juiz da Comarca de Valença, que se estabeleceu em Salvador em 1898. Ao se converter ao catolicismo, resolveu presentear a cidade com um monumento em louvor a Cristo.
A obra foi tombada em 2017, por ser um dos monumentos públicos que carregam em si a simbologia de pertencimento, valores e memória de determinado lugar ou grupo social. Outro argumento para ser enquadrado na Lei de Preservação ao Patrimônio Cultural do Município (Lei 8.550/2014) é a proximidade do centenário de existência da obra, o que reserva a ela mérito histórico e artístico.
Postado por: Alexandre Nascimento dos Santos

sábado, 17 de março de 2018

Santo Amaro e seus espaços culturais

Museu, teatro e espaços culturais

Museu dos Humildes
  • Museu dos Humildes: Instalado no Convento de Nossa Senhora dos Humildes, o Museu dos Humildes, conta uma historia de 200 anos de devoção. Fundado em 1808, o espaço foi criado para abrigar meninas órfãs, escravas, viúvas e filhas de senhores de engenho. Essas mulheres aprendiam sobre catolicismo e afazeres domésticos. Em 1980 o convento passou a abrigar o Museu. O Acervo se constitui por imagens sacras ornamentadas pelas mulheres e artesanato produzidos por elas. Além disso o Acervo conta também com cristais, pratarias, mobiliário, porcelanas e objetos litúrgicos. São cerca de 500 peças datadas do século XIX e tombadas pelo IPHAN em 1995. O espaço possui cooperação com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia e sua conservação cabe a Diretoria de Museus do Instituto.[
Teatro Dona Canô
  • Teatro Dona Canô: Construído pelo Governo do Estado da Bahia com apoio da Fundação Cultural do Estado da Bahia em homenagem a matriarca da família Veloso. Foi implantado em uma área histórica da cidade no antigo Cais de Araújo Pinho, inaugurado em 2001, reuniu vários artistas locais e nacionais através do projeto Dona Canô Chamou. Com uma área construída de 1390 m², o teatro pode ser considerado um dos mais bem equipados da Bahia, contém um palco de 150 m², três camarins, sistema central de ar-condicionado, adaptações para portadores de deficiência, iluminação cênica, sonorização e sistema anti-incêndio.
Casa do Samba
  • Casa do Samba: A Casa é um Centro de Referência, apoio, estudo e difusão do Samba de Roda da Bahia, além de ser a sede da ASSEBA, local em que são realizadas as assembleias entre os grupos de samba e os representantes da Associação.A inauguração da Casa do Samba representa a abertura de um novo espaço de atuação dos sambadores e sambadeiras e do reconhecimento dessa expressão como patrimônio da humanidade. Na Casa do Samba são desenvolvidas atividades contemplando projetos de pesquisa, extensão e produção cultural; formação, capacitação e treinamento dos sambadores e sambadeiras; cursos e oficinas nas áreas de gestão, produção cultural, elaboração de projetos, captação de recursos, marketing, comunicação, pedagogia, artes cênicas e musicais, dentre outros.Em 2013, a entidade foi condecorada com a Ordem de Mérito Cultural pelo Ministério da Cultura. No ano de 2011 deu-se início a extensão da Asseba em 14 municípios das regiões do Recôncavo, Feira de Santana e Metropolitana de Salvador.[58]
  • Memorial Edith do Prato: O Memorial de Dona Edith do Prato funciona na câmara dos vereadores e é composto por fotos, pelo prato que ela utilizava como instrumento para seu samba, as roupas que vestia nas apresentações, vídeos, cd’s entre outros.  Há também encontro com escritores e cursos no espaço.Dona Edith, utilizava como instrumentos musicais o prato e a faca que raspava no prato.  Faleceu em 2009, deixando sua marca no samba de roda.[59]
  • Núcleo de Incentivo Cultural de Santo Amaro (NICSA): Idealizado pelo Professor José Silveira e inaugurado em junho de 1987, o NICSA tem aliado ações voltadas à promoção da saúde e da cultura com a responsabilidade social.  Constituído pelo Memorial José Silveira, Escolinha Aldroado Ribeiro Costa e a Biblioteca Padre José Gomes Loureiro, o NICSA fortaleceu suas ações em 2014, beneficiando a população santoamarense, terra natal de José Silveira, que fincou as bases desse trabalho social voltado ao incentivo à vida saudável, preservação da cultura local e estímulo à leitura.

Retirado: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Amaro_(Bahia) 

postado por: Amanda de Jesus Vitório.

A Lavagem de Arembepe como Patrimônio Cultural do Povo Camaçariense.



Foto: camacari.ba.gov.br
Foto: camacari.ba.gov.br

Foto: www2.correio24horas.com.br

Vila de pescadores que ficou famosa mundialmente na década de 60 através da Fazenda Carantigui - posteriormente conhecida como Aldeia Hippie de Arembepe- tendo sido visitada por famosos como Mick Jagger e Janis Joplin, a praia de Arembepe está entre as mais frequentadas do litoral baiano. Seja por quem está em busca da beleza exuberante de sua orla ou da boemia característica de suas noites, Arembepe - "Aquilo que nos envolve"-  sempre tem um atrativo para a idade e a personalidade do "freguês". 
Com águas cristalinas, lagoa, rios e vida noturna ativa durante todo o ano, a praia é procurada por famílias, boêmios solitários, jovens e idosos que encantam-se com seus atrativos e, não raras vezes, não conseguem mais ir embora.
Além de uma paisagem natural privilegiada e de uma charmosa e rústica localidade, está situada ali uma base do Projeto Tamar, que destina-se a preservação das tartarugas marinhas e da vida marinha como um todo, monitorando 47 km de praias e concentrando o maior número de desovas do país.
Como marcos históricos restam as tradições que as novas gerações aprenderam com seus antepassados e se esforçam para manter vivas. Nos anos 30 iniciaram-se as procissões em louvor ao padroeiro da localidade: São Francisco de Assis e, após as caminhadas religiosas, os pescadores e suas famílias reuniam-se para tocar, cantar e brincar pelas ruas sozinhos ou acompanhados pelas charangas (bandas de instrumentos de sopro).  O clima de paz e amor atrairia pescadores e familiares de praias e cidades vizinhas, até que tomou proporções e começou, nos anos 70 ter participação de grandes trios e bandas, o que descaracterizou totalmente o bucólico festejo e marcou época pela importância gigantesca que começaria  a ter.
A famosa "Lavagem de Arembepe" durava 4 dias e acontecia pontualmente 15 dias após o carnaval, sendo chamada de encerramento oficial do verão baiano. A lavagem não poderia ser finalizada de maneira mais condizente com o clima local: Um momento família, romântico, boêmio... O esperado "Baile dos Coroas". Tão aguardado quanto a própria festa principal, o evento sempre foi realizado na segunda-feira subsequente a festa e tinha como atrações musicais cantores e bandas de seresta e outras atrações românticas. O que via-se pelas ruas neste dia era especialmente bonito: Senhores e senhoras vestidos caprichosamente saiam de suas casas para a Praça dos Coqueiros para bailar com seus pares, cortejar seus pretendentes e confraternizar com outros casais.  
Atualmente, com um cortejo de baianas e muito afoxé abrindo as festividades e tendo em sua grade atrações de grande, médio e pequeno portes, a lavagem transcorre em clima de animação e familiaridade pelos nativos, veranistas e visitantes, porém completamente diferente do que foi no início: A procissão religiosa ano após ano é invadida por uma turba de políticos e seus correligionários afim de demonstrar prestígio com os locais, as charangas deram lugar a trios e mini trios, os palcos tiveram que ser multiplicados para dividir a multidão que invade a localidade a cada festejo, os aluguéis são inflacionados nesta época do ano e até encontrar pão nas padarias é loteria e depende de acordar muito cedo e disposto a passar tempo na fila. 
A principal mudança da festa de Arembepe pode ser observada na última noite: O baile que outrora foi "dos Coroas", hoje reúne muito mais jovens que idosos e já não vê o mesmo esmero de outros tempos nas vestimentas e nem a mesma elegância no comportamento. A hospitalidade dos nativos - como são chamados os naturais de Arembepe acabou dando espaço para a invasão e descaracterização da festa, ganhando em lucratividade e perdendo em charme, tranquilidade e originalidade.
O que ainda diferencia o festejo popular de Arembepe das demais festas de largos da Bahia é a atmosfera local hippie, rústica, animada que resiste por gerações e impera em suas ruas, rostos e corações.

Postado por: Ariane Gomes

sexta-feira, 16 de março de 2018

Santo Amaro - A Leal e Benemérita!!!






A cidade de Santo Amaro está situada no fundo do Recôncavo Baiano. Desenvolveu-se em terraços do Rio Subaé, no ponto em que este recebe o Rio Sergimirim como afluente, tendo como núcleo a área formada pela Matriz de Nossa Senhora da Purificação e pela Casa da Câmara e da Cadeia (onde hoje funcionam a sede da Prefeitura e a Câmara de Vereadores).
O seu centro histórico, limitado entre as praças da Purificação e do Rosário, é composto por 27 ruas e possuía, em setembro de 1978, algo em torno de 75 prédios de valor histórico/arquitetônico, muitos dos quais já não mais existem.
Atualmente, Santo Amaro tem, aproximadamente, 600Km2 e, além da sede, possui os distritos de Acupe, Oliveira dos Campinhos e Pedras. No entanto, já teve 1.239 Km2 e 14 distritos. Destes, emanciparam-se Conceição do Jacuípe, Terra Nova, Amélia Rodrigues, Theodoro Sampaio e Saubara, que levaram consigo outros distritos.
A população nativa da região era formada pelos índios Caetés e, depois, pelos Potiguarás e Carijós. Sua origem é a mesma de São Francisco do Conde.
O município de Santo Amaro compreendia, então, as freguesias de Nossa Senhora da Purificação, São Domingos de Saubara, Nossa Senhora de Oliveira dos Campinhos, São Pedro de Traripe e Rio Fundo. Era presidente da província o Dr. Francisco Souza Paraizo quando as vilas de Santo Amaro e Cachoeira foram elevadas a cidades pela Lei nº 43 de 13 de março de 1837.
 

Durante os movimentos emancipacionistas nacionais, Santo Amaro sempre esteve em destaque, como nas Revolução dos Alfaiates e Sabinada. Na Guerra do Paraguai, enviou, em três batalhões de Voluntários da Pátria, 1.290 homens, além de grandes recursos financeiros.
A economia santamarense, desde o Século XVI até há poucos anos, esteve vinculada à cultura da cana-de-açúcar. Em 1757 existiam 61 engenhos funcionando. Por volta de 1870, restavam, ainda, 31.
Com um porto dentro do continente, Santo Amaro foi um importante entreposto comercial da região e o principal porto açucareiro do Recôncavo.


Tirado do blog: http://santoamarohistorico.blogspot.com.br/
Postado por: Daiana Ramos

quarta-feira, 7 de março de 2018

Este blog foi criado para revelarmos as riquezas de nossas cidades!!!

Diário de Bordo

O início do Diário de Bordo: 10 de setembro de 2019, terça-feira, 20:50, formação da dupla composta por Daiana Ramos e Valéria Ribeiro....